poema de certo e errado

Eu morro a cada

Verso e

A cada poema...

Eu morro pra nascer

Um poema...

Não sou mártir

Sou poeta...

Eu morro a cada

Vez que me sei

Enganado...que

Me dou conta do engano

Quando o fingimento é mais

Fraco do que a felicidade

Que ele oferece...

Não se constrói um poema

Sem motivo...

Não leio um poema

Sem motivo

Não me entrego

A um amor

Sem algum motivo,

Nem tão pouco é sem

Motivo que fujo de um...

E de solidão,

Fico ali, à luz da vontade

A derreter á languidez do esquecimento...

Sem casa, sem cobertor, com cheiro

De cravo na mão...

E o poema vai se formando...

Ele salta como um pássaro

Ao céu da criação...

Quando existe o vazio

Que ele posso preencher..

Faço poesia assim,

Deixando ela se formar em mim..