Meu Reflexo na Tampa do Toca Discos

Nuances metafóricas

E um rock clássico no toca discos

A mente desmente os espelhos

E as afirmações agora são fantasmagóricas

Nada além do reflexo embaçado

E o olhar reprime a si mesmo

Entre sobrancelhas já desarrumadas

E a alma de ódio desarmada

Somente o subliminar em cada figa

Superstições que já ficaram no trenó temporal

Enterradas por avalanches de reflexões

Ouço agora os sinos

Somente os sinos

Regurgitando ecos pela madrugada

Meus olhos se cansam de se olharem

E os tímpanos entre zumbidos feridos

Agora se desmancham em anátemas

Excomungando todas as notas sórdidas

Orando em catacumbas gélidas do existir

E preenchendo de poesia as lacunas do meu viver