RESUMO
RESUMO
Paro para ouvir o vento
Desejando que o mundo se cale.
Um a um os sons terminam
Como se fora ordem divina
Meu desejo de nada ouvir.
Os homens redondos encerram
As máquinas de sons
Em salas estanques
Nada se escuta
A não ser o vento nas ruas.
Na avenida Central
Do progresso a Todo Custo
O silencio é completo.
Oiço o vento nos arbustos
Como s´o mundo fosse deserto.
E ouvi-lo passar é música
Que surpreende o maestro
Atrás de todos os sons
Até ele s´esquecera com´orquestrar
O vento ao ouvi-lo passar.
Ouvindo a musica natural
Embeveço-me e me abasteço
De paz calada e mundo
Percebendo que não sou nada
E isso é tanto e tudo.