Cruzeiro do tempo
Tempo semeia amargura ingrata,
angústia vozeia no verde da mata
tempo de colher os frutos ao léu
tempo que jorra as agruras do céu.
Tempo soluço apetece o juízo,
no regalo do afã, no douro do riso
tempo de embriagar pensamento
tempo repete o tempo sem tempo.
Tempo que perto se dana a correr
sorrateiro vagueia um tique prazer
tempo acalanta o carrilhão da vida
tempo do anjo que rege a partida.
Tempo somente nos dias e meses,
tempo voz rouca calando mil vezes
tempo de dividir ao invés de somar
tempo templário contempla o sonhar.
Poema publicado também na página pessoal do autor, Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).