CANTADOR APRISIONADO

Estava a escrever o que me vinha d’alma,

um pouco confuso com os pensamentos,

de repente, escutei em meio a minha calma,

um cantar que me invadiu os sentimentos.

Era ritmado e que com melancolia espalhava

beleza de sons, cheios de maviosos encantos,

como a ler um clássico que em uma pauta estava

e a transmitir, assim me pareceu, apelos e prantos.

Bela era a entoação de primor incomparável,

que me senti chocado com o terrível impacto,

ao cair na realidade, que o canto inigualável,

vinha de uma gaiola e me entristeci com o fato.

O pássaro que cantava a melodia tão admirável,

estava preso, condenado a um cubículo, trancafiado.

Marcos Costa Filho
Enviado por Marcos Costa Filho em 08/07/2012
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