CANTADOR APRISIONADO
Estava a escrever o que me vinha d’alma,
um pouco confuso com os pensamentos,
de repente, escutei em meio a minha calma,
um cantar que me invadiu os sentimentos.
Era ritmado e que com melancolia espalhava
beleza de sons, cheios de maviosos encantos,
como a ler um clássico que em uma pauta estava
e a transmitir, assim me pareceu, apelos e prantos.
Bela era a entoação de primor incomparável,
que me senti chocado com o terrível impacto,
ao cair na realidade, que o canto inigualável,
vinha de uma gaiola e me entristeci com o fato.
O pássaro que cantava a melodia tão admirável,
estava preso, condenado a um cubículo, trancafiado.