NO TÚMULO DO AMIGO
Foi no túmulo do amigo
que vi a paz
Seu corpo jazia elegante
que elegantemente
em vida viveu rodeado
de sonhos e lutas
Foi no túmulo do amigo
que soube que o amigo
sabia que a luta na era sua;
era de todos aqueles
que eles queriam calar
Foi no túmulo do amigo
que vi que outros antes dele tombaram
e o amigo nos dizia sempre
que não cedêssemos
Foi no túmulo do amigo
que vi olhos tristes e lagrimejantes
e entendi que não eram lágrimas
de dor, mas, lágrimas
fortificantes para passos decisivos
Foi no túmulo do amigo
que plantei uma flor
e vi beija-flores e abelhas
saciando-se de vida