Direções.

Salgando as nossas dores.

O mundo às vezes parece não ser favorável.

Pois encontramos discórdia e desamores.

O dia nem sempre é claro, como nos filmes romanescos.

Nascem tempestades de singelos orvalhos.

Caem raios barulhentos, das barulhentas lagrimas dos deuses.

Precipitam no chão, mas ainda existe o dia.

Então os sapienciais dizem:

Enquanto vive, viva a esperança esta.

Mais segue o mundo não favorável aos contos.

Matando os poetas, as rimas, os sonhos.

Existem tempos de exatidão, tempos estes que afugentam a improvisação.

Então, sequestram o moribundo palhaço, despeçam o circo, aniquilam a emoção.

No fim tudo é locução, uma verborragia que procura junção de um louco confuso com disfunção, que fala aquilo que nasce n o seu coração.

Errante pela estrada da vida, abrindo a ferida, em busca da paz, mortificando a ilusão, que impregna a razão e retarda toda forma de evolução. Contudo o mundo continua sem direção.

E o poeta se pergunta: qual é essa falada “direção”?.

guido campos
Enviado por guido campos em 08/07/2012
Código do texto: T3767309
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