Direções.
Salgando as nossas dores.
O mundo às vezes parece não ser favorável.
Pois encontramos discórdia e desamores.
O dia nem sempre é claro, como nos filmes romanescos.
Nascem tempestades de singelos orvalhos.
Caem raios barulhentos, das barulhentas lagrimas dos deuses.
Precipitam no chão, mas ainda existe o dia.
Então os sapienciais dizem:
Enquanto vive, viva a esperança esta.
Mais segue o mundo não favorável aos contos.
Matando os poetas, as rimas, os sonhos.
Existem tempos de exatidão, tempos estes que afugentam a improvisação.
Então, sequestram o moribundo palhaço, despeçam o circo, aniquilam a emoção.
No fim tudo é locução, uma verborragia que procura junção de um louco confuso com disfunção, que fala aquilo que nasce n o seu coração.
Errante pela estrada da vida, abrindo a ferida, em busca da paz, mortificando a ilusão, que impregna a razão e retarda toda forma de evolução. Contudo o mundo continua sem direção.
E o poeta se pergunta: qual é essa falada “direção”?.