Folha de inverno (Contemplação)
Olho a folha.
A folha rodopia...
Seca, se esfola na calçada.
Uma folha calcinada se arrasta.
Pólen, poeira, delirios, mais nada.
Quebra-se a folha no fino cristal da manhã
Deixa-se arrastar na súplice oblação da vida.
Já foi abrigo de asas coloridas, leves, descuidadas...
Casulo, no voo das borboletas ensolaradas sonhou,
sonhou, e... Sonhou.
Bailou ao som festivo dos ventos e pássaros.
Mas em breve, ela, ela mesma, será pó estelar.
E, inefável, e livre das amarras matinais,
alto voará: Estrela, asas, e ouro em pó.
Grinalda, ornamento coroando a manhã...A folha!
Olho a folha.
A folha rodopia...
Seca, se esfola na calçada.
Uma folha calcinada se arrasta.
Pólen, poeira, delirios, mais nada.
Quebra-se a folha no fino cristal da manhã
Deixa-se arrastar na súplice oblação da vida.
Já foi abrigo de asas coloridas, leves, descuidadas...
Casulo, no voo das borboletas ensolaradas sonhou,
sonhou, e... Sonhou.
Bailou ao som festivo dos ventos e pássaros.
Mas em breve, ela, ela mesma, será pó estelar.
E, inefável, e livre das amarras matinais,
alto voará: Estrela, asas, e ouro em pó.
Grinalda, ornamento coroando a manhã...A folha!