HORAS PAGAS
HORAS PAGAS
O amor da mulher que não ama
É o mais dedicado
Enrodilha-se aos pés da cama
Jura noites de pecado
É amor sem ângulos d’euforia
Sem futuro, sem passado
O amor dessa mulher é alegoria
Berloque de mercado
E é a esse amor patusco
De pouca alma e muita carne
Que entrego o que fui e sou
Ela recebe meu tudo
De acordo com sua vontade
E vomita-me o que dou.