NOVA RESPOSTA A G...d
Pergunto-me se em verdade acreditava
Na morte como a suprema dentre as curas
Ou se dela precisava
Para esquecer um sem fim de agruras
Com que a outros supliciou.
Em noites sem fim indormidas
Talvez se lhe projetassem as feridas
Que em muitos abriu,
Reabriu
Ao extremo ponto de lacerar,
Esgarçar
Os tecidos de afeto
Com os quais tantos
Por anos tantos
Se empenharam em lhe adornar,
Confortar
O teto
E seu gélido frio aquecer.
De qualquer sorte,
O distanciamento que nos traz a morte,
Seja físico ou emocional
Daqueles com quem convivemos
É chance irrecusável que temos
Para isenta (ou quase) avaliação fazer
Do seu modo de ser,
Ou, como é o caso,
De ter sido.
Sem pieguismo nem paixão:
Consequências, presentes ainda estão
E se estenderão
Para toda a atual geração
E para aquelas que ainda por vir, estarão.
Não há excesso de direito em avaliar
E, mesmo, julgar.
O veredito, a DEUS cabe pronunciar
Não nos sendo permitido escutar.