Anjo
Anjo caído,
loucura do destino
ou mero capricho?
A rainha,
filha minha,
anjo que observa
e preserva.
Vela os passos
livrando do cansaço,
mantendo longe do fracasso.
Anjo sem asas,
rainha alada,
eternamente aclamada,
nesta longa estrada.
Seus olhos são faróis azuis
dando direção segura
neste oceano de amargura.
Cabelo d'ouro,
lembrando o tesouro
há muito guardado,
mas não esquecido.
Anjo a acompanhar,
zela pelo sono de paz,
dá força para lutar,
sem jamais desanimar.
Rainha eterna da boca de mel,
este anjo ainda tirará o véu.
Por hora, vê e não pode tocar,
sente sua ânsia crescer,
finalmente encontrou por quem viver.
Não anda cabisbaixo,
mas subiu ao mastro.
Um imenso oceano
estende-se à frente,
mas ele tem em mente
um sentimento impotente.
Ah, minha deusa!
Não podes ser minha!
Definho na agonia,
mas vivo para proteger
a minha rainha...