E AGORA, JOSÉ?
E AGORA, JOSÉ?
As ruas ficavam vazias,
os homens já eram bêbedos.
Iniciara-se o consumatum est.
No silencio do medo
um homem acordara cedo,
apavorado e pisando sonhos.
Lâmpadas a mercúrio
iluminavam-lhe os passos:
submergia em delírios.
Quedara-se a contemplar
e sentir o passado
em arremedos de complacência.
As ruas eram vazias
os homens ficavam bêbados
comemorando o sábado.
Alguns morrem outros vivem,
lei inalterável.
Alguns morrem mais tristemente.
E agora, José‚?
A festa acabou
A luz apagou...
Eu me pegava recitando Drummond
com o coracao carregado.