Jardins babilônicos

Eram três pilares, cada qual com um jardim.

Eram três poemas, três esculturas de marfim,

Estavam a seis metros de altura, parecia não ter fim;

Eram irrigados pelo sangue e a terra era o coração,

Tinha vida e beleza, palmeiras e vegetação;

Plantei rosas e colhi tulipas, Achei tulipas feitas de margaridas,

Colho margaridas no pilar central, rosas ficam a esquerda

E tulipas na direita, com a qual faço um floral;

Vento forte do Eufrates, por que vieste me tentar?

Tenho uma musa da qual devo cuidar,

Tenho um jardim no qual devo plantar,

Tenho um amor do qual devo amar;

Jardins babilônicos, jardins imortais,

Minha terra sagrada que é banhada pela luz dos demais,

Luz do sol e luz da lua, amiga das rosas e das plumas,

Meu jardim imoral, meu Cativeiro mortal.