Continuum
Tem mais chão por que andar, não:
já chegou.
Rua larga encolheu;
poste alto, passo breu...
sem esquinas pra ilusão.
Há mais mote pra cantar, não...
nem se ouviu...
Mesmo o gato foi-se embora;
tuba e banda, vida afora,
engendrar nova canção.
Nem tem voz pra argumentar, não!
Já secou
a fonte dessa alegria.
(Dia e noite – quem diria?
– tom já foi consolação...)
Quase nada o que chorar, sim
(não passou).
Sempre é hoje, quase é nunca...
Quase é tarde! E nem se trunca
ou se renova a emoção.
Muito mais o que penar, não...
nem pensar!
Entre a fuga e a gaiola,
o argumento que consola:
grades (ontem) cairão.