SE...
Se... bem, o “se” é uma condicional,
mas que tem tamanha influência
em tantas situações de vida,
mudando a certeza, levando à dúvida.
Desacerta, por vezes, o convencional.
Com vara curta, cutuca a consciência.
Quando tudo vai muito bem, normal,
os nortes alinhados no destino
e o esperado a se concretizar, é fatal,
ao aparecer um “se”... isto ou aquilo?...
pronto, já fica o reverso, o desatino.
Mas que poder tem esta partícula,
tão mínima num mar de termos,
perdida num turbilhão quase infinito,
que ao aparecer, às vezes, de imprevisto
estoura o bom andamento de tudo?
Ah!... o “se”... rápido, a dúvida está posta.
“Se” isto ocorrer... “se”... aquilo acontecer...
“Se” não... “se”... e assim o “se”... repetitivo
deixa as pessoas retidas às indecisas
oscilações nos rumos que a vida pode ter.
Mas não há como ignorar o “se”...
No léxico ele é muito necessário
e também pode traduzir esperanças,
dependendo de onde se localiza.
O “se”... pode ir bem com o imaginário
emprego de qualquer de suas nuanças.