CARNAL
CARNAL
Aqui, apenas teus olhos não vêem
Teu peito Não me pulsa
porquê sempre procuras?
O quê?
O que procuras em mim?
não está exposto?
Eu, por vezes, medro
em minhas exposições.
Se eu soubesse como gostarias
de me ter
Claro, não mudaria
o que sou
Apenas sairia, andaria
pensaria, ia, ia, ia
e deixaria a mão a bater no peito
andorinhando, andorinhando...
Se eu soubesse que o que procuras
não se encontra em mim
decerto não estaria aqui
a esperar, sem nunca exigir de ti,
andorinhando, andorinhando.