PORTA-BANDEIRA
Flutuando no ar e brilhando ante a lua,
Em uma indizível torrente de graça,
Um andar tão suave que o esconde...
Alicerce do outro que é seu, sozinha;
Seu ato secreto de estar sozinha
São suas fases que vem e que vão;
Entre os movimentos magnéticos no chão,
Fundindo maestria com magia em quem via,
E seu rodopio é uma vertente estendida
De um corpo fluindo da criação.
Um apelo da beleza de um anjo, onde dança,
E nesta dança acompanhada
Tem no peito uma solidão paciente;
É a pureza do vendaval na flor mais pura.
A linguagem dos seus movimentos,
Aos ouvidos, são formas de um canto invisível,
Uma portadora dela que te transporta;
Detentora da honra da representação,
Você é a porta-bandeira de uma nação.