PORTA-BANDEIRA

Flutuando no ar e brilhando ante a lua,

Em uma indizível torrente de graça,

Um andar tão suave que o esconde...

Alicerce do outro que é seu, sozinha;

Seu ato secreto de estar sozinha

São suas fases que vem e que vão;

Entre os movimentos magnéticos no chão,

Fundindo maestria com magia em quem via,

E seu rodopio é uma vertente estendida

De um corpo fluindo da criação.

Um apelo da beleza de um anjo, onde dança,

E nesta dança acompanhada

Tem no peito uma solidão paciente;

É a pureza do vendaval na flor mais pura.

A linguagem dos seus movimentos,

Aos ouvidos, são formas de um canto invisível,

Uma portadora dela que te transporta;

Detentora da honra da representação,

Você é a porta-bandeira de uma nação.

Liu Bernardo
Enviado por Liu Bernardo em 06/07/2012
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