O alarmista da fome
Agraçiado,
pela olhadela à refeição aparatosa,
Salvante o descontentamento,
Da fome se portar,
No mundo carente,
Carente de fome.
Agora agonizado,
O apelido ele ganhou,
De tanto prantear,
Convocar,
O País à mudar.
A cúpula do País,
Parece não curvar,
Para o alarme.
Ela tem fome,
Fome de poder,
Poder aquisitivo,
E o incentivo?
Pela segurança alimentar,
Que cabe a cúpula cuidar?
Ela chora,
Lágrimas de crocodilos.
Aprendi a ter fartura,
Mas eis a sensibilidade,
Devo aprender a ter fome,
Fome para confrontar,
Levar o País à acordar,
Da dormideira sem igual,
Buscando enfraquecer o dilema,
É assim que se resolve este problema.
Cadê a caridade neste momento?
Ela fechou a porta para a gratidão?
Se pode,
Me responde então?
Se não posso,
Presenteio a dor,
Para este desleixo,
Desleixo ao cunho humanista.
Seja patriotista!
Mas com um gesto de amar,
Não vamos permitir,
A fome infiltrar,
Nesta geração,
Temos coração.