LUCIDEZ

Da janela do quarto observo a loucura
e me compadeço de minha lucidez.
Anoiteço o flamboyant inútil,
escondo a beleza de minha alma
e exponho a sordidez de meus desejos.
Inócua lucidez que me devora
em perguntas absurdas
e devolve apenas respostas desnecessárias.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 05/07/2012
Reeditado em 06/11/2013
Código do texto: T3762551
Classificação de conteúdo: seguro