Vento.
Vento...
Vento!
Que passas altivo em turbilhão
que uivas nos fios de alta tensão
que tornas fria a minha mão
que sacodes as folhas do meu coração
que me deixas com medo e carente de afeição
que a um silvar mais forte fazes-me pedir perdão!
Tu transformas a minha vida,tens esse condão!
Vento...
Vento!
És uma criança que passa célere e assustada
és uma mãe triste e desesperada
és um pedinte com a tristeza na face estampada
és a voz de um mendigo gemendo calada
és um homem com pressa pela hora marcada
és uma chiclete no chão,depois de mascada
és a revolta da natureza devassada!
Vento...
Vento!
Tu és a lágrima que eu choro
tu és o palácio onde eu moro
tu és a mulher que eu adoro
tu és o meu odor, inodoro...
Tu transformas a minha vida!
É contigo que eu namoro...