O nada que sou

O que não sou,

Um herói do esporte

Nenhuma grande estrela das artes

Nada que brilhe especial,

Nenhuma fé ou ciência.

Não sou para a sociedade um meio.

E embora eu seja um,

No meio de uma multidão

A flecha que me acerta

Vem por engano,

Genericamente torta.

A luz que me alcança projeta a sombra,

Distorce o que sou.

Ela que vem de fora,

Das conveniências do mundo

Repleta de verdades emprestadas

E de preconceitos gastos.

Assim sigo,

Andarilho do meu caminho

Ignoto e satisfeito

Pois o nada que sou

Outro alguém não pode ser.

Marcelo FAS
Enviado por Marcelo FAS em 05/07/2012
Código do texto: T3762093
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