Dias de correria!
Eu passo no espaço poeirento
e amasso o maço do cigarro pestilento!
Eu traço um palhaço no desenho que invento
e amordaço o compasso desse vento!
Eu argamasso o abraço que tento
e laço e caço um animal corpulento!
Eu faço e desfaço e me aguento
E trapaço e devasso a todo o momento!
Eu uso um braço de aço e me contento
e estilhaço o terraço do apartamento!
Eu enlaço o escasso corpo que enfrento
e te escorraço e esvoaço...
Débil...
Lento...
Então o cansaço,
torna o meu olhar baço...
E eu me sento!