RENITENTE

Eu te amo, eu te amo, eu te amo...

Ouço o eco que vem do infinito.

E a todo instante insisto e repito,

e só escuto minha voz, meu próprio grito.

Na lembrança do que houve entre nós,

relutando tento ouvir a tua voz,

murmurando o teu nome sempre aflito,

e ouço sempre o que eu mesmo havia dito.

Já cansado em silêncio adormeço,

e recomeço logo ao raiar o dia:

eu te amo, eu te amo, eu te amo...

Sem resposta, sufocado, então padeço,

e novamente o silêncio por ironia,

impiedoso zomba da minha agonia.

Saulo Campos _ Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 05/07/2012
Código do texto: T3761805
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