Um céu inimaginável
Avisto um céu,
Que nunca é demasiado o ar,
Que perpassa na calmaria do mar,
Que socorre as aves no seu vôo,
Pela sua imensidão a revelar.
Avisto um céu,
Para empinar pipas de um carretel,
Das mãos, à linha desenrolar.
Penso em um céu restrito, pequeno,
O que seria das aves?
O que seria das vidas?
Que encara a vida em liberdade,
E no destemor à verdade,
Voam, voam, sem destino?
A liberdade me contou,
Do sagrado céu,
Sem clima ruim,
Sem densas nuvens,
Ele não dá,
Para escrever no papel.
Neste céu,
devemos alçar vôo,
Vôo; ao temor da verdade,
Vôo; à um amanhã,
De dias bem melhores.
Mas penso novamente, logo vejo,
Um céu imaginável,
Para criar com coração,
O que está em minha razão,
Razão de fé.
Convicto do imenso céu,
Posso descrevê-lo no papel.
Coloco o que quiser,
Pensante à minha consciência ,
Pensante ao meu futuro.
Então, Deus, o avalista
Da descrição do meu céu,
Mostra-me,
Um céu, que é criação das suas mãos,
Um céu, que é criação da sua ordem,
Um céu, que não tem como imaginar.
Na sua extensão é fruto do seu pensar.
É este céu, que devo anelar.
Outro, não consegue imaginar,
Não consegue descrever,
Um céu que está à revelar.
Um céu inimaginável.