LIRA DOS CINQUENTA ANOS
Quando menino quiz ser herói;
mesmo bandido. porque não vence o mal...
Construí castelos
desconhecendo as ondas
que lavam lembranças
e as fazem areia do mar.
Há! minha lira dos cinquenta anos!
inata a viola, inutil violeiro...
através de um sonho transtornado
vou arrastando meu viver...
Meu Grã poeta me dê perdão
por comparar minha rabeca
(coisa lá do sertão nordestino)
à sua lírica Cinquentenário...
Mas o arco de Pã errou o alvo...
saiu pela culatra a sorte do cão.
Deveria o arrebol encher de tons
minha pauta de sorrisos coloridos...