Fantasia Política
Sou demagogo de minha própria agonia
Na apologética instância de um árduo Direito,
Sucursais de incauta angústia eu enjeito,
Quero navegar na jurisprudência de minha alegoria.
Sou político no legislativo do meu conteúdo
E meus argumentos são depressivos e fraudulentos,
Em meu executivo manipulo tudo quanto intento
A fim de que no judiciário eu seja manteúdo.
Coíbo-me de imputar-me o voto de cabresto
Visto que sou candidato único ao meu incesto
E meu governo impessoal é tímido e sem forma...
Meu sangue se agita na fadada boca de urna,
É que meus órgãos votam solitários numa só turma
E a fantasia vencedora tudo sobre mim informa!