CANTO 66
Amador Filho.
O céu era azul, mas o brilho das estrelas, o fulgor do luar, polvilhou-o de prata.
“Para que a noite não fosse tão apavorante, Deus coroou-a de estrelas e constantemente veste-a de luar” (Marco Prisco, espírito – Divaldo Franco.)
Observo-o com a cabeça vazia de pensamentos, porém a brisa da noite acariciou-me a epiderme com um sussurro de beijos.
Sobre a minha cabeça a harmoniosa conjunção dos astros fulgurava.
A noite é minha amiga, ela me guarda e protege.
Fiquei estupidamente quieto. Loucas lucilações elevavam-se me deslumbrando, cegando-me, enchendo-me de alegria e de desespero, e eu me embriaguei na ventura desta contemplação...