Devora-me
Devora-me,
devora-me pois!
Devore-me depois
da peleja enamorada
de viver, reconhecer,
a mim que sou você.
Vivi muito sem merecer,
morri muitas vezes,
sem ao menos lhe ver.
Se for morrer hoje,
que seja devorado por você!
Ascenda com chamas rubras a pira,
pois pira minha mente,
quando de mim se aproxima...
Assim, por cima de mim,
amazona e montaria são um,
oh Anima Mundi!
Você me confunde,
então morra a razão!
Basta ser, basta não-ser,
não é preciso entender,
basta vibrar,
como Um!