Bangalô Campestre!

Tome ardência no estio da semana

Tão árida aparência do vento a secar,

Na paragem mais notável, tudo arde,

Da ganância generalizada, explosão em gás,

Raro, rarefeito, sem ser razoável,

Vão matando toda a possibilidade de reversão,

Olhos para novas riquezas incrustadas

Sem ter onde aproveitar o que enfim acha,

Corre o tempo de melhorias tão esgotadas,

Até a força de vontade se espraia sem luz,

Cala ainda mais o olhar na lágrima triste,

Por tudo o que vai sendo destruído,

Criação inibida, palavras jorradas ao vazio,

Pouco se pensa, querem mastigados & afins,

Degustação bem rasteira, sem variedades,

O toque que a bóia sente na leve fisgada,

Não, não querem trabalho, isso distorce,

Agulha aponta para o norte toda a preguiça,

Aves param de migrar por falta de espaço,

Rotinas semelhantes para afagos & iras,

Cálida noite a espera de algum romance,

Nuances de uma boca sedenta na água salgada,

Mira, vem uma brisa tocando estrelas & a Lua,

O Sol teima um abrasar novas nuvens até a tarde,

Água rasgada sem ser melhor aproveitada,

Corpos inflados na indicação final, caos,

Partiu, mau notas deixou para trás,

Fez o tempo ter uma barreira tão distinta,

Cores despretensiosas como encalhe natural,

Sorriu amarelo com uma saudade arguta,

No medo de passar ao largo desconhecido,

Outro toque aleatório como divisor de águas,

Sobram reclamos, incautos sortilégios, vergas,

Outro copo desperdiçado sobre o vazio,

Tantas carcaças boiando miolo setentrional,

A praia batendo na cabeça da serra agora,

O risco que tenta secar a próxima estrela...

Contando as sobras com todas as horas vagas!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 10/02/2007
Reeditado em 30/08/2007
Código do texto: T375813
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