Traje a Rigor

Meu corpo é lança, dança

Ao ritmo que minha mão batucar

Bamboleia moleque a girar

Em qualquer terra, pelo céu e pelo ar

Minha ideologia não cabe no meu bolso

Mas meus sonhos, onde eu quiser

Meus planos, onde eu estiver

Minha mente não é calabouço

O sertão que me pariu,

Nessa pátria-mãe pouco gentil

Me fez sem rótulos mas de posse

De Língua, linguagem e paladar

Não me prendo no que limita

Mas me atenho ao propósito de estar

Pra ser ouvido em terra de coronéis

Sim, é preciso se infiltrar.

Se fores bem vindo, podes entrar!

Vista-se de manha, malícia e elegância.

Alice Alencar
Enviado por Alice Alencar em 02/07/2012
Reeditado em 25/07/2012
Código do texto: T3756471
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