Esmeraldas entre os Livros
Sempre gostei de bibliotecas
Sempre amei os livros e
Sempre ansiei por conhecimento.
Mas hoje a biblioteca ofertou-me
Algo mais, além da sapiência livresca
Algo mais fascinante que qualquer quimera dantesca
Algo mais sublime que qualquer descrição bucólica
De um idílio perfeito, poético e suave.
Ofertou-me ela (a biblioteca)
Uma visão desconcertante
- embora singela -
Um vislumbre sereno
Do que há de mais belo
Não só na biblioteca, mas também fora dela
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Vi um par de esmeraldas, brilhantes, esféricas
Divinas, augustas, decerto feéricas
Que olhei deslumbrado, quedando absorto
Para então dar-me conta (não sem muito esforço)
Que não eram pedras, nem joias nem nada:
Eram os olhos verdes da moça faceira
Que na biblioteca trabalha a semana inteira
Enfeitiçando marmanjos com sua mirada.