PELEJAS

Escorrego pela vida correndo atrás do nada.

Guardo o meu sorriso para que não o vejas.

Fecho as emoções em gaveta bem trancada

De tu, de quem escondo as minhas pelejas.

Julgo-me uma mera sombra presa ao mundo,

Debruçada no para-peito de qualquer janela.

O que venha abrir a esse espectro moribundo

Que rasga todo o orgulho que o ser revela.

De mãos vazias ando por aí; abanando-as no adeus;

Olhando por este desafiador e imenso azul horizonte,

Onde passeiam todos os astros e escondendo Deus -

Senhor Pai de Todos os clarões - e sua eterna fonte.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 01/07/2012
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