outro vento

Oh! silêncio

da noite dos ventos

do vento sombrio

quardado no ventre

da mãe que pulsa

que pare um mundo

pelas tripas...

vem silêncio

da cidade mãe

do corpo evergado

que já está cansado

desse argumento

insano da maturidade

vem, vento enclaururado

preso no filho

de andrajos de trapos

do esquecido momento

que a vida se pôs..

vem e varre a poeira

do esquecimento.

dessa dor de argila

desse pobre sustento

amontoa num unico

ponto vivente

Para o sol, toda a vida

todos os bichos...

entorpecido de outro

vento....

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 01/07/2012
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