O RELENTO DA NOITE


Curva-se à sina
e ao senão
dos varados
solventes ventos
vorifecerados
lá no ângulo
- dos capatazes –
rebenta a moura corda
do passado
danado
danoso
doloroso
(ao fundo um céu
de chafarizes)

jasmim ribanceira
lareira de lábios
umedecidos
conchas cavadas
no relento da noite

                     o assobio de uma estrela
                              espuma na terra
                             como a vingança
                             do açoite da vida.





Jandira Zanchi
Enviado por Jandira Zanchi em 09/02/2007
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