O último dos Moicanos
Do futuro nada sabíamos, nada alvejávamos,
apenas o presente,
um mórbido tempo forjado a chumbo e aço.
Homens construindo... Destruindo,
tudo e nada ao mesmo tempo.
Mares de sangue, troféus de guerra,
honrados deuses do Olimpo.
Senhores do Apocalipse.
Serias tu, capaz de sobreviver a dor, a perda.
Tu falaste, porém não fostes ouvidos,
tu mostraste, mas ninguém havia para vê-lo.
Tu lutaste, porém em vão.
E já cansado, abatido,
sentou-se e ficou inerte a observar as ruínas a tua volta.
Não! Tu não querias isso,
teus netos, filhos de seus filhos,
não conheceste, nem podes abraçar.
Foram tantas tentativas, tantos apelos, tudo em vão.
Nada fizeram e tudo se acabou.
Apenas tu ainda resiste, teima em permaneceres aqui.
Recomeçar, reconstruir, quem sabe,
entretanto tu serás o único.
Não serás lembrado, louvado, serás juiz, ministro e rei.
Nada lhe será ofertado, facilitado, teu mundo... Novo mundo,
surgirá e se erguerá dentro de ti,
O último dos moicanos.