MIL VEZES

Mil vezes

01/07/12

Mil vezes morri

Mil e uma vezes nasci

Mortes e vidas

Tão repetidas

Das perdas do que construí

Das certezas de que o que vinha estava logo ali

Chorando de alegria

Rindo da tristeza tardia

Vendo em outros

Já cavalgados potros

Reconhecendo em vida a morte

Sabendo que tudo só é sorte

Ao encontrar a capacidade

Com a esperada oportunidade

Linhas claras do destino

Como o sonoro badalar de um sino

Na despedida de uma vida

Ou na nova morada de uma alma perdida.

Geraldo Cerqueira