Contra Tempo
Voa, veloz,
competindo comigo.
Estagna, atroz;
meu maior inimigo.
Alguns dias, horas, minutos,
deveriam ser para sempre.
Mas entre os dedos escorrem,
e num segundo, o futuro vem.
E quando, em alguma noite fria
o coração congela,
os olhos ansiosos buscam
o brilho do amanhecer.
Mas contra mim aquele que
veloz voava,
indiferente para.
E o novo dia, aprisionado,
só bem tarde vem.
Contra o tempo, trégua?
Se vão é debater-se, não lutar.
É ele o barco que conduz?
Então, embarcar,
e nele, navegar.