Estilisticamente

Resgatar do passado uma antítese esquecida

É personificar no éter um embrião de memória,

Metaforicamente é a disfunção da metonímia compulsória

Que permuta palavras de uma paronomásia estabelecida.

Na fotografia do pretérito um paradoxo se inflama

Numa suntuosa hipérbole de imagens que flutua,

No sincronismo com o presente há um eufemismo que atua

Abrandando a enfática sinestesia de um conteúdo em coma.

Na semântica construída uma catacrese idônea auxilia

Sem permitir o aviltamento da encantadora alegoria

Que produz pleonasmos viciosos e fora de moda...

Uma aliteração constante torpedeia o polissíndeto arrogante

E traz à construção uma anáfora assaz elegante

Em que a zeugma camufla da história intensa nódoa!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 30/06/2012
Código do texto: T3753718
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