Estilisticamente
Resgatar do passado uma antítese esquecida
É personificar no éter um embrião de memória,
Metaforicamente é a disfunção da metonímia compulsória
Que permuta palavras de uma paronomásia estabelecida.
Na fotografia do pretérito um paradoxo se inflama
Numa suntuosa hipérbole de imagens que flutua,
No sincronismo com o presente há um eufemismo que atua
Abrandando a enfática sinestesia de um conteúdo em coma.
Na semântica construída uma catacrese idônea auxilia
Sem permitir o aviltamento da encantadora alegoria
Que produz pleonasmos viciosos e fora de moda...
Uma aliteração constante torpedeia o polissíndeto arrogante
E traz à construção uma anáfora assaz elegante
Em que a zeugma camufla da história intensa nódoa!