A VOZ DA POESIA
Ainda que eu esteja só,
Vagando por um deserto,
Tudo em volta seja pó...
Não exista alguém por perto...
Não poderei me calar,
Pois nada mais restaria!
Tenho que dar cor à vida
Luz e forma à ilusão,
E mesmo despercebida,
Cumprir a minha missão,
Pelos cantos ecoar,
Em forma de sinfonia!
Acabar com a tristeza,
Suavizar a saudade...
Valorizar, com certeza,
O calor de uma amizade...
Viver sempre a procurar
Um momento de alegria!
Sou um ser que aparece
Com o nascer de um novo dia...
Em forma de uma prece...
Um hino... Uma homilia!
Um suave despertar!
Sou a voz da poesia!...
Maria do Socorro Domingos dos Santos Silva
João Pessoa, 30/06/2013