PLÁGIO

Meu sonho de viver-te viu-se vencido

Teu caminho o levou á escuridão

Não és motivo para minha vida e nem razão

Porque já és a própria: dúbia e enlouquecida

Não conheço algo assim tão entristecido

vivo ao tempo e espaço percorrer

Buscando ávido tua alma compreender

Doces misteriosos encantos já vividos

Tolos em volta de uma luz rara e casta

Buscando o silencioso frio reverter

enquanto secretas verdades vem preencher

os vastos espaços entre nós que a vida vaza

E navegando um mar em ebulição

Duvido dos rabiscos em desalinho

Que os astros escrevem aos destinos

Plágio, dilacerada sobra de ilusão.