Uma Espera Insensata

Espero o sopro cataclísmico

E o baforar do ventre da terra

Uma alusão utópica de um renascer

De um iluminar propício ao amor comum

E nessa espera eu me aconchego em estrelas

E sobrevoo os auspiciosos cimos da via láctea

E me visto com esse colar diáfano e brioso

Transportando-me pelos devaneios alienígenas

Mas os dias são todos diferentes em cada realidade

E existe uma pessoalidade em cada sonho

Uma única semente que brotou diferente em cada ser

Dando a cada um seu próprio relacionamento temporal

Mas eu continuo em minha espera interminável

Vejo luzes quando adormeço em meu berço estelar

E os sinais tornam-se herméticos aos meus olhares

Somente sinto-me ser invadido por uma paz contida

E em minhas visões e profecias registradas nos tempos

Vejo e sinto agora o frescor daquele sopro aguardado

Que chega dividindo o céu em dois firmamentos

E o sol derrama seres que varrem toda essa discórdia

Enquanto os cavalos devoradores de mundos sussurram

E galopam entre as almas que ascendem à verdade

Em carruagens voadoras o regresso dos Reis Cósmicos

E uma trombeta calou em um eco de arrebatamentos

Espero sentado em minhas alucinações

Agarrado sóbrio em rastro de um velho mundo

E adormeço novamente em meus próprios sonhos

Para recordar e acordar em uma aurora resplandecente