Invariavelmente

Onde estás, poesia

Que fazes, ó senhora

Estás nos segredos do mundo

Estás nas “cinzas das horas”

Onde estás, poesia

Sob as asas carregando

Do mundo toda a agonia

Onde estás, moça bonita

Levaste-me o laço de fita

Pois que ele te enfeite

As radiantes madeixas

De ti sentirei saudades

De ti não guardo queixas

Onde estás, poesia

Nos mares

Nas penedias

Estás imersa no azul das águas

Estás grudada no casco do navio

Onde estás, ó menina

Com teus lábios de bonina

Quando a noite chegar na surdina

Te guardarei nos olhos

Em cada retina

taniameneses
Enviado por taniameneses em 29/06/2012
Reeditado em 23/01/2013
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