POR UM COPO MEIO CHEIO

POR UM COPO MEIO CHEIO

Tinha um copo grande de cristal

Parecia meio vazio e dolorido

Tinha meia dose de nada usual

Parecia já bebido e remexido

Tinha um copo pequeno de vidro

Parecia meio cheio e bem sortido

Tinha uma dose inteira de poesia lá

Parecia bom no vira- vira ser sorvido

Tinha um homem de terno cinza

Parecia meio desanimado e deprimido

Tinha ares de um deserto colossal

Parecia que de vida tudo se havia perdido

Tinha uma mulher de vestido floral

Parecia bem alegre e desinibida

Tinha ares de rainha triunfal

Parecia radiante e rejuvenescida

O mundo é da forma que o vemos

O que parece ser triste e ruim, assim o será.

Para quem não pinta cores mais alegres, notemos.

A remoer suas perdas e desencontros seguirá

Pode-se transformar o próprio mundo

Sendo otimista e boas sementes se ir dispersando

Pode-se ser para alguém, mesmo que distante

Algo festivo e feliz nesse nosso reino humano

Não existe bula desse remédio a se administrar

Mas sim, existe o direito individual e intrasferível

De interpretarmos a vida com total otimismo

E revertermos pro nosso bem o for possível

Tudo que é difícil pode ser mudado

Se olharmos com bons olhos, compreender

Faz-se o Futuro dos passos dados no passado

E todo presente deve alegre, reverter

Não cabe um só dia mais difícil

Na cabeça de quem pensa pro-ativamente

Por mais que ele apanhe na lida por ofício

Tiram-se lições nas experiências ali contidas

E vai se viver a vida intensamente...

Arqueirorj
Enviado por Arqueirorj em 29/06/2012
Reeditado em 29/06/2012
Código do texto: T3751154
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