POR UM COPO MEIO CHEIO
POR UM COPO MEIO CHEIO
Tinha um copo grande de cristal
Parecia meio vazio e dolorido
Tinha meia dose de nada usual
Parecia já bebido e remexido
Tinha um copo pequeno de vidro
Parecia meio cheio e bem sortido
Tinha uma dose inteira de poesia lá
Parecia bom no vira- vira ser sorvido
Tinha um homem de terno cinza
Parecia meio desanimado e deprimido
Tinha ares de um deserto colossal
Parecia que de vida tudo se havia perdido
Tinha uma mulher de vestido floral
Parecia bem alegre e desinibida
Tinha ares de rainha triunfal
Parecia radiante e rejuvenescida
O mundo é da forma que o vemos
O que parece ser triste e ruim, assim o será.
Para quem não pinta cores mais alegres, notemos.
A remoer suas perdas e desencontros seguirá
Pode-se transformar o próprio mundo
Sendo otimista e boas sementes se ir dispersando
Pode-se ser para alguém, mesmo que distante
Algo festivo e feliz nesse nosso reino humano
Não existe bula desse remédio a se administrar
Mas sim, existe o direito individual e intrasferível
De interpretarmos a vida com total otimismo
E revertermos pro nosso bem o for possível
Tudo que é difícil pode ser mudado
Se olharmos com bons olhos, compreender
Faz-se o Futuro dos passos dados no passado
E todo presente deve alegre, reverter
Não cabe um só dia mais difícil
Na cabeça de quem pensa pro-ativamente
Por mais que ele apanhe na lida por ofício
Tiram-se lições nas experiências ali contidas
E vai se viver a vida intensamente...