O que me sou.
Sou cansaço, não destaque
Guardei minhas menções honrosas 
Minhas obras publicadas

Eu já não provo nada 
não sou adolescente 
quase nada me aborrece 
olho tudo de frente 
Pra ver o sol, ainda uso 
o meu velho " raibam"
sempre na moda, 
mas só porque me convém.


Ando cansada de ter que mostrar 
minha competência, sendo igual 
Quem disse que é ruim ser diferente?

Se todo mundo mostra os dentes 
e eu me calo, me reservo 
é direito que me entrego 
sem ter medo 

Eu adoro ser incógnita 
E ver as pessoas me analisando 
me adivinhando ( rio!) 
E por não fazer parte, fazer arte 
agora, parece desafio.

Eu afio minha unhas, 
mas elas quebram 
e então desfio as finas sedas
batendo contínência 
à hipócritas, enrustidos 
quase sempre em vão 

Porque não sou ninguém 
além do que me sou
Além do que me basto 
Além do que me realizo

( _shhhhh, Mas é segredo, 
ninguém precisa saber disso!)


Porque não sou ninguém 
além do que me sou
Além do que me basto 
Além do que me realizo. 


 
Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 29/06/2012
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