Calmaria

Calmaria

Hoje eu sou bendita,

sou cura

tenho o calor do sol

a maciez da relva

a umidade do amanhecer

Há campina em meus

braços

deixei todos os atalhos

para trás

O meu caminho é mais

longo

e sigo em paz, por

entre as flores

Sou cachoeira, água

doce, potável

ânforas de mim se

espalham

cheias de paisagens

perfumadas

nas clareiras que se

abrem

quando olho frente à

frente

quando fico face a face

meus desafetos se

desarmam

É certo então que sou

paz

Profunda paz de

esperança

Céu azul cheio de

estrelas

e beijo açucarado

Que se desfaz na chuva

das minhas palavras

que passam

lavando minhas feridas.

Cristhina Rangel.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 29/06/2012
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