Calmaria
Calmaria
Hoje eu sou bendita,
sou cura
tenho o calor do sol
a maciez da relva
a umidade do amanhecer
Há campina em meus
braços
deixei todos os atalhos
para trás
O meu caminho é mais
longo
e sigo em paz, por
entre as flores
Sou cachoeira, água
doce, potável
ânforas de mim se
espalham
cheias de paisagens
perfumadas
nas clareiras que se
abrem
quando olho frente à
frente
quando fico face a face
meus desafetos se
desarmam
É certo então que sou
paz
Profunda paz de
esperança
Céu azul cheio de
estrelas
e beijo açucarado
Que se desfaz na chuva
das minhas palavras
que passam
lavando minhas feridas.
Cristhina Rangel.