SONHOS

SONHOS

I

O amor delirante brilha, sufoca mesmo sem alarde,

É uma arte que não se descarta nem cedo, nem tarde.

Provocam dores, alegrias, tristezas, mas o afago arde,

No fibrilar sem queixumes, do coração indiferente à idade.

II

Amor é dar e receber beijos, carícias e emoções palpitantes,

Onde dois corpos se unem num só, partilhando sensações ofegantes.

É a destinação de seres que através do desejo se entregam •arfantes,

Num ritual deslumbrante, calcificante, surge à fecunda loucura de dois amantes.

III

Extasiado, tonto, trêmulo, procuro amparo seguro e reconfortante,

Olho nos teus olhos e vejo o mundo num transbordar de estrelas cintilantes.

O tempo passa, renasce o dia, esquecemos a noite fria com o amor recalcitrante,

Sento-me radiante, pois encontrei em ti, carícias, prazeres e gozos desconcertantes. .

IV

Quero amar-te sempre, com pudor, sem pudor, com desejos fascinantes,

Quero brotar a semente altaneira e benfazeja do colóquio resplandecente,

Que o fruto desta incomensurável troca de carícias seja saboroso e dulcificante

Que Deus no seu vasto olhar, faça brilhar esta grande angular, em êxtases dignificantes. Um abraço fraterno.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 09/02/2007
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