SAGA NATURAL
Lápis que desenha o teu corpo;
No nascer, na semente da manhã;
Fruto amarelo solar, o seu anticorpo;
Te contorna, rabisco em talismã;
Tua face, foste contornada;
Quando as águas viajaram;
Em uma beleza venerada;
Por aplausos aclamaram;
É a borracha que apaga, por teu medo;
Nos lábios rabiscados;
Uma nuvem, amanhã cedo;
O sorriso, e um olhar desenhados;
Expressão então formada;
Num rosto à aurora;
A natureza está marcada;
Da beleza esbelta, em estampas lá fora;
É o lápis que desenha a beleza;
É um fetiche da nossa emoção;
O corpo nú e verdadeiro da natureza;
Que hoje está apenas na imaginação.