Alfenins

voarão todas as borboletas

todas as flores murcharão

todos os campos se revestirão de cinza

em ruínas se encontra o palácio

a minha cabeça

tonta

e eu cega

perdida

encho o mundo de pranto

beijo o chão de versos recoberto

por onde passaram um dia

os pés da poesia

estreitarei a inspiração no peito

e nele farei o leito

das colombinas

dos arlequins

guardados na ponta da língua

a palavra morta

apagada

e o gosto de alfenins

taniameneses
Enviado por taniameneses em 27/06/2012
Código do texto: T3748635
Classificação de conteúdo: seguro