O DIA QUE NÃO DORMIU

Aquele dia não dormiu em mim

Tua sombra assenta como ausência

O vazio teu toma agora nosso cetim

Adeus na pele como fixada essência

Aquele dia escapado do calendário

Lembrando o amor que se evapora

O frio não era meu, nada ficou claro

Ei-lo à última vista, eis-me só agora

Aquele dia, dos sentinelas o melhor

E o pior, guarda fiel o amor maior,

Ferido, que em meu peito encerra,

Pelo punhal que sua falta enterra

Daquele dia ainda

Guardo fiel esperança

De abrigar-me em ti num abraço

Sob tuas doces canções,

Amar

E adormecer no teu arfar

Todas as vezes que o dia fechar os olhos.

Carlos Alberto de Souza
Enviado por Carlos Alberto de Souza em 27/06/2012
Reeditado em 28/06/2012
Código do texto: T3748618
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