Cadeira de balanço

Esther Ribeiro Gomes

Vejo a velha cadeira de balanço,

num cantinho do terraço

e me lembro dela, tão bela,

repousando seu cansaço,

entre violetas e rosas perfumadas,

nas preguiçosas tardes ensolaradas...

Ah, que saudade eu sinto dela!

Quando chega o entardecer,

a velha cadeira balança, embalada pelo vento

e vou ao encontro dela em pensamento...

Está feliz, entre as nuvens de algodão,

sentindo paz em seu coração,

a ouvir o suave cântico dos anjos,

num doce acalanto que a faz adormecer!

Ah, mãe querida, hoje a cadeira está vazia,

as flores do terraço sentem falta do seu carinho

e minhas lágrimas molham sua fotografia...

O anoitecer chega de mansinho

e me faz lembrar de você a balançar,

contando lindas histórias que me faziam sonhar!

(Poema em homenagem à minha mãe que partiu para junto de Deus)

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 27/06/2012
Reeditado em 27/06/2012
Código do texto: T3748532