Cadeira de balanço
Esther Ribeiro Gomes
Vejo a velha cadeira de balanço,
num cantinho do terraço
e me lembro dela, tão bela,
repousando seu cansaço,
entre violetas e rosas perfumadas,
nas preguiçosas tardes ensolaradas...
Ah, que saudade eu sinto dela!
Quando chega o entardecer,
a velha cadeira balança, embalada pelo vento
e vou ao encontro dela em pensamento...
Está feliz, entre as nuvens de algodão,
sentindo paz em seu coração,
a ouvir o suave cântico dos anjos,
num doce acalanto que a faz adormecer!
Ah, mãe querida, hoje a cadeira está vazia,
as flores do terraço sentem falta do seu carinho
e minhas lágrimas molham sua fotografia...
O anoitecer chega de mansinho
e me faz lembrar de você a balançar,
contando lindas histórias que me faziam sonhar!
(Poema em homenagem à minha mãe que partiu para junto de Deus)